domingo, 22 de março de 2009

Raiva já matou 58 crianças em Angola

Raiva já matou 58 crianças em Angola

11- 02- 2009

O surto de raiva na capital angolana já matou 58 crianças desde Novembro do ano passado. Só na última semana, oito crianças perderam a vida, de acordo com o director do Hospital Pediátrico de Luanda, citado pela Lusa.
Nesta unidade hospitalar, para onde estão a ser transferidos todas as crianças com sintomas de infecção pelo vírus da raiva, estão ainda internadas duas crianças, adiantou Luís Bernardino. Até ao momento, desde que o surto foi declarado, todas as crianças que chegaram ao hospital acabaram por falecer porque, explicou o clínico à Lusa, as crianças chegam sempre tarde para que a vacinação seja eficaz.
A vacina anti-raiva só é eficaz desde que administrada nas 24 horas subsequentes à infecção, a maior parte causada por mordidela de cão, mas há igualmente casos de gatos e macacos na origem da doença.O estado de saúde das duas crianças internadas é preocupante, devido à entrada tardia no hospital.
Até ao momento as autoridades sanitárias angolanas não divulgaram o número total de pessoas afectadas pela doença, incluindo adultos, estando apenas a serem difundidos os casos registados na pediatria de Luanda.
Para combater este surto, o Governo da Província de Luanda criou uma comissão envolvendo vários sectores para a realização de uma campanha de vacinação de emergência de animais e a recolha de animais sem dono na cidade. Foram vacinados mais de 100 mil cães, gatos e macacos.
Situação de "tragédia" em Luanda
"A actual situação em Angola é realmente uma tragédia, sobretudo considerando que a raiva é praticamente 100 por cento fatal e também é uma doença totalmente evitável.
Esta é a opinião de Peter J. Costa, responsável da Aliança para o Controle da Raiva, referindo-se a 58 crianças mortas desta doença na capital angolana desde Novembro.
Costa disse que a Aliança ainda está no "processo de tentar descobrir mais informações sobre a situação em Angola para impedir a raiva de levar mais vidas humanas".

Fonte: www.jnoticias.pt/

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